Por décadas, Xangai foi a mais cosmopolita cidade da China e sua principal porta de entrada. Aqui os estrangeiros estabeleceram missões comerciais e construíram edifícios art-decó e em estilo francês no Bund, imprimindo uma personalidade própria ao local. Enfim, uma China com uma face bem ocidental. A Paris do Oriente fazia (e levava) fortunas e atraía aventureiros e comerciantes em busca da mística do antigo império em decadência. Com esse passado fascinante, a cidade teve o império para se transformar.
Hoje, dos dois lados do rio Huang Pu empreendimentos imobiliários ultra-modernos (mas nem todos de bom gosto) fazem explodir os valores do metro quadrado, o mesm o fenômeno compartilhado por Hong Kong. Restaurantes refinados, hotéis luxuosos, instigantes galerias de arte — tanto de arte tradicional como de produção contemporânea — e bares que nada ficam a dever a Londres ou Nova York preenchem a agenda de executivos em busca de negócios na Nova China e de turistas que experimentam um ponto de vista mais vanguardista do país