O arquipélago de San Andrés e Providencia, a cerca de 720 km da costa colombiana, fica em pleno mar do Caribe e curiosamente está mais próxima de Nicarágua e Costa Rica do que da terra-mãe. Ainda mais interessante é saber que o povo local, descendente de corsários e ingleses, mantém uma cultura própria e boa parte deles domina melhor o inglês que o espanhol. Isso para não falar do creole, a língua franca, que mistura inglês e francês.
Como não poderia deixar de ser, aqui há uma divertida mescla de belas praias, um mar turquesa perfeito para mergulho e uma vida noturna agitada, embalada pelo reggae, sala e reguetón – ou o que mais sair das caixas de som. Suas bela orla de areias brancas, com destaque para Spratt Bight, a ilhota Johnny Cay, San Luis e Acuario, prenuncia os arrecifes de corais, cujas fauna e flora diversificados fazem a alegria dos mergulhadores. Esse habitat, conjugado com os ricos manguezais e as diversas lagunas valeram à região o reconhecimento como reserva da biosfera pela UNESCO. San Andrés também é uma zona franca, o que atrai os consumidores de plantão, que com certeza também ficarão curiosos com seu artesanato em coco.
Reserva Mundial da Biosfera, o arquipélago de San Andrés é um dos lugares onde o visitante realmente corre o risco de não querer voltar para casa. A ilha, de 27,5 km2, tem um centro urbano efervescente, com restaurantes, resorts com piscina à beira-mar e uma zona franca que faz gastar alguns dólares até os menos consumistas. Mas o grande atrativo de San Andrés é o mar, conhecido como “mar de sete cores”. E é um presente para o visitante passar o tempo nas finas areias brancas dos cayos – pequenas ilhotas – próximos a San Andrés observando a transformação dos vários tons de azul e verde do mar caribenho. Um vôo de 20 minutos a partir de San Andrés leva o visitante à outra jóia do Caribe colombiano: Providência. Menor que a primeira, Providência tem apenas 17 km2 e é um território de tranqüilidade absoluta. O ponto alto aqui é El Pico, a 360 metros de altura. Uma trilha fácil leva até uma grande pedra, que pode ser escalada sem grandes dificuldades.
Como a ilha é pequena, estando hospedado no centro não vai ser necessário veículo de locomoção, já que tudo pode ser feito a pé. As temperaturas são altas e, para algumas praias, é preciso usar táxis, ônibus ou alugar motos, carrinhos de golfe ou bicicletas.
Sem taxímetro, com preços pré-estabelecidos e altos, os táxis são a opção mais cara e nem sempre confortáveis, já que os veículos são antigos, em sua maioria. Os micro-ônibus podem demorar para passar nos pontos, então muitos turistas optam por alugar carrinhos de golfe por um dia, também para se locomover de forma mais confortável no calor intenso registrado na ilha.
Como chegar
De avião
A melhor forma de chegar até a ilha colombiana San Andrés é de avião. Há voos diários que partem das principais cidades colombianas, como Bogotá, Cartagena, Medellín e Cali. Há voos diretos do Panamá e Canadá.
As agências de viagem brasileiras oferecem pacotes combinados com Cartagena, na costa colombiana caribenha. Há também pacotes que incluem a pequena ilha de Providencia, que fica a 20 minutos de avião de San Andrés. A maioria deles inclui passagem, hospedagem e alguns passeios. Para ir de San Andrés a Providência, há duas companhias aéreas que operam o trecho: Satena, que opera voos comerciais; e Searca, que oferece aviões para fretamento. A rede de hotéis Decameron costuma fretar aviões dessa empresa e, em alta temporada, fazer voos diários para Providencia.
San Andrés:
Aeropuerto Gustavo Rojas Pinilla
Av. Aeropuerto Sector Swamp Ground
Tel: (57 8) 512-6112
Providencia:
Aeropuerto El Embrujo
Tel: (57 8) 514-8869
Qual a melhor época para ir?
Não há tempo ruim em San Andrés. Literalmente, já que a temperatura fica entre 25ºC e 27ºC durante o ano todo.
Informações extras
Sites oficiais
Site do país: web.presidencia.gov.co
Site de turismo do país: www.colombia.travel/po
Site de turismo da cidade: sanandres.gov.co/turismo
Idioma: Espanhol e creolle (inglês crioulo)
Fuso horário: 2 horas a menos em relação a Brasília
DDI: 57 (Colômbia)
Código de acesso de San Andrés (e Providencia): 8
Informações turísticas: Há um posto de informação turística na Peatonal, calçadão comercial, próximo à praia Spratt Bight.
Moeda: Pesos colombianos (como é uma zona franca, dólares americanos e euros também são aceitos). Veja a cotação da moeda local em economia.uol.com.br
Câmbio: O peso colombiano só pode ser trocado no país. Por isso, troque somente o necessário para não voltar para o Brasil com notas colombianas. Há algumas casas de câmbio em San Andrés, localizadas na Peatonal e próximas ao centro comercial. Muitos estabelecimentos aceitam cartões de crédito.
Visto: Não há a necessidade de passaporte ou visto para turistas brasileiros.
Imigração: Para entrar nas ilhas, há uma taxa de cerca de 30 mil pesos colombianos que deve ser paga no aeroporto de origem, no guichê da companhia aérea. A mesma taxa vale para San Andrés e Providencia, basta apresentar o comprovante de pagamento na entrada. Assim como em outras cidades colombianas, é comum ter uma revista rigorosa das bagagens no aeroporto feita pela polícia local.
Tomadas/energia elétrica: 110 V
Vacinas: Para entrar em San Andres e nas ilhas ao redor não é necessário tomar nenhuma vacina. Para entrar em regiões de selva, exige-se vacina da febre amarela.
O que não pode faltar na minha bagagem?
Como a temperatura no local é alta o ano inteiro, roupas leves, chapéus e muito protetor solar não podem faltar na mala.