Chicago, a cidade dos ventos, uma das maiores e mais dinâmicas dos Estados Unidos, surpreende por suas diferentes facetas. Cenário da guerra dos gangsters de Al Capone e os mocinhos de Eliot Ness na época da Lei Seca, também é o divertido palco das peripécias de FerrisBueller em Curtindo a Vida Adoidado. Nos esportes, enquanto o querido Chicago Cubs amarga décadas sem títulos, Michael Jordan eternizou os Bulls como uma das maiores equipes de basquete de todos os tempos. Localizada às margens do gigantesco lago Michigan, a cidade possui uma agradável atmosfera urbana, entre as águas e seus arranha-céus. A Willis Tower (antiga Sears Tower) domina o perfil da cidade, tendo sido por um quarto de século o maior edifício do mundo. Outra vista deslumbrante fica no John Hancock Center, não tão alto, mas mais próximo da margem do lago. Outras boas atrações na área são o ArtInstituteof Chicago – onde você encontrará obras de Edward Hopper, Paul Cézanne, Vincent van Gogh e a magnética obra-prima do pontilhismo de Seraut –, uma partida de beisebol no legendário Wringley Field, o Field Museumof Natural History e o SheddAquarium. Isso sem falar em um grande número de teatros, parques e até praias para ocupar o seu tempo. Digno de nota é o Millenium Park, que abriga muitos eventos de dança e música abertos ao público em uma ampla área verde. Uma de suas novas marcas registradas é o “feijão” prateado de AnishKapoor. Uma outra coisa que você prontamente irá notar por aqui é que enquanto Miami é latina e Nova York uma mistura de tudo que há no mundo, Chicago é bem europeia. Ao menos em termos populacionais. A maior parte de seus habitantes é descendente de alemães, poloneses, ucranianos, gregos e suecos, uma formação étnica que se traduz na gastronomia local. De comidinhas de rua como o gyros (o nosso churrasquinho grego) a alguns dos mais aclamados chefs da América, a cidade oferece uma ampla gama de opções para o turista comilão. Outra coisa que atrai visitantes à cidade é sua íntima história com a música. Apesar de jazz e blues terem alma no baixo Mississipi, foi mais ao norte, na próspera Chicago, que muitas lendas surgiram. Algumas, literalmente, das calçadas e praças para o palco de grandes clubes. A variedade de boas casas para ouvir obras clássicas e inspiradas jamsessions se concentra nos arredores de Bronzeville, mas há outras alternativas que merecem atenção em outros bairros. Se quiser apreciar este clima musical de forma mais intensa, não perca o Chicago Blues Festival (junho) – que atrai nomes como B.B. King, Lil’Ed Williams e John Lee Hooker – e o Chicago Jazz Festival, no final de agosto. Além destes dois eventos culturais e as temporadas esportivas, vale a pena pensar no clima para escolher a melhor época para uma visita. Afinal, os extremos climáticos por aqui são extremos. Não é raro a temperatura ultrapassar os 30 graus no verão úmido, superando ocasionalmente os 35 e até os 40. Já o inverno congelante traz nevascas pesadas, ventos cortantes e a marca dos termômetros pode cair próxima a -20 °C. Nem é preciso dizer que primavera e outono são boas épocas para visitar a cidade.